quinta-feira, junho 15, 2006

Carina

Carina sou eu,
amarela como um pneu;
roubado por um ladrão,
inesperadamente fiquei sem coração,
nada menos que o amor,
a minha trotinete sem motor.

Fiquei doida,
radicalmente apanhada
em tranze entrei na
igreja e acabei com a cena
toda numa boa:
acabei com o casório
sem haver cartório.

Cada vez pior,
andando de trator,
rodando na rotunda
da Irlanda,
o ódio subiu-me à cabeça e,
sem pensar, matei a condessa:
oh, que azar, a Irlanda fiou sem condessa.

Carina Freitas Cardoso, 7º2ª